quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Degelo do Ártico é o maior da história

Três institutos de pesquisa apontaram medições que revelam a diminuição da camada de gelo no Ártico

por Por Guilherme Lorenzetti 24/11/2009
Com o derretimento das geleiras, ursos polares estão com dificuldade de encontrar alimento
A camada de gelo sobre o Oceano Ártico chegou ao nível mais baixo já registrado, segundo três institutos de pesquisa.
Pesquisadores da Universidade de Bremen na Alemanha afirmaram que a medição, feita em oito de setembro deste ano, superou a análise feita em 2007, quando foi registrada uma área de 4,13 milhões de km² coberta de gelo. Nas últimas pesquisas a área detectada foi de 4,6 milhões de km².
A Agência Espacial Europeia (ESA), declarou que nos últimos cinco anos foi observada a extensão de gelo mais baixa desde que começou a medição com satélites nos anos 70.
O Centro Nacional de Dados da Neve e do Gelo (NSIDC) dos Estados Unidos, outro instituto que observou o fenômeno, anunciou que este ano o nível de degelo está em um tipo de empate técnico com 2007. Essa medição começou a ser feita em 1979.
Os especialistas chegaram à conclusão de que o gelo marinho está desaparecendo de uma maneira mais rápida do que se previa. A diminuição da quantidade de gelo já atingiu níveis que eram previstos para daqui a três décadas, segundo o relatório do Painel Climático da ONU, elaborado há quatro anos.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgou que o ano de 2010 foi o mais quente da história, com um aumento de 0,55 °C. A primeira década do século 21 também foi considerada a mais quente da história, divulgou a OMM na Conferência do Clima, realizada em dezembro. Essas medições têm como base um período de cerca de 150 anos.
Além de ter impactos negativos no clima, o degelo também dificulta a vida dos ursos polares da região, pois os obriga a nadar maiores distâncias para encontrar alimento e outras placas de gelo. Um estudo feito pela entidade ambiental WWF (World Wildlife Fund), divulgado em julho, monitorou 68 ursas de 2004 a 2009. Nesse período, foram registradas 50 ocasiões em que os animais tiveram que nadar 48 quilômetros ou mais. O maior trajeto registrado foi de 685 quilômetros, que durou quase 13 dias.
National Geographic Brasil Novembro 2009

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