Relatório divulgado na COP17, em Durban, apontou que o Brasil liberou mais de 1.100 megatoneladas de CO2e na atmosfera para a produção de energia, nos últimos dois anos
por Débora Spitzcovsky, do Planeta Sustentável 05/12/2011
Cenário dos anos industriais, as chaminés na usina elétrica Xinglongzhuang marcam um dos primeiro esforços da China para geração de energia elétrica dos resíduos da mineração do carvão
Às vésperas do início do Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos, a Maplecroft, empresa da Grã-Bretanha especializada em análise de risco, divulgou relatório na COP17 - 17ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro da ONU para as Mudanças Climáticas que avalia os países que mais liberam gases poluentes na atmosfera para a produção de energia.
O Brasil ficou em sexto lugar no ranking dos mais emissores do setor, por liberar, entre 2009 e 2010, cerca de 1.144 megatoneladas de CO2e - medida que leva em conta não só a liberação de dióxido de carbono na atmosfera, mas também a emissão de outros gases aprisionadores de calor, como metano e dióxido nitroso - para produção energética.
De acordo com o relatório, ao lado das outras nove nações que aparecem nas primeiras posições do ranking, o Brasil é atualmente responsável por dois terços das emissões globais de gases causadores do efeito estufa do setor de energia.
A primeira posição da lista dos mais emissores do planeta ficou com a China, que nos últimos dois anos liberou 9.441 megatoneladas de CO2e na atmosfera, superando os EUA, que ocupam o segundo lugar do ranking, com 6.539 megatoneladas de CO2e, sendo o país desenvolvido que mais polui no setor energético.Em seguida aparecem:
- Índia, com 2.272,45 megatoneladas de CO2e;
- Rússia, com 1.963 megatoneladas de CO2e e
- Japão, com 1.203 megatoneladas de CO2e.
Atrás do Brasil ficaram Alemanha, Canadá, México e Irã, respectivamente. Ao todo, o relatório da Maplecroft analisou os índices de emissões de gases poluentes, no setor energético, de 176 países do mundo. Os outros 166 avaliados são responsáveis, apenas, por um terço da poluição gerada pela produção de energia.
National Geographic Brasil 05/12/2011
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